Olhando pela minha janela eu vejo o letreiro do mercado piscando luzes brancas e vermelhas, isso seria meio dificil já que o letreio não possui lampadas, e como eu veria as cores se ainda está claro la fora. Olhando pela minha janela eu acho que vejo um sentimento.. mais sentimentos de tão abstratos que são não podem ser vistos, mais o jeito que o sol está batendo na rua hoje faz meu coração doer. Eu fiquei olhando a tela do computador e imaiginando como essa páginas estava demorando para abrir, eu tinha pensado em tantas coisas e essas tantas me fugiram.. ouço uma música que eu não conheço, mais passei a conhecer.. não fui quem a colocou para tocar, mais acho que se tivesse sido eu quem colocou a música não estaria combinando tanto com a luz do sol de hoje, acho que o destino reservou pra mim um momento em completa sintonia, a letreiro que diz Princesa, poderia ter luzes brancas e vermelhas.. ao invés de ser tão simples, mais aqui tudo é simples, e por isso tudo é tão bonito. O céu está em total acordo com a montanha onde dorme um vucão. não sei como as pessoas não tem medo dele, mesmo que esteja adormecido.. agora eu escrevo vulcão e me lembro de que nada lembro sobre as aulas de geografia que falaram disso. eu queria ser esperta, saber responder direito quando perguntasse, queria ser admirada pela minha inteligencia, já que não sou admirava lá por grandes coisas. Agora a música mudou, está mais animada, mais a voz dentro de mim que dita as palavras que eu estou escrevendo continua calma, apesar de os meus dedos digitarem mais rápido. Queria me lembrar o que a letra dessa música diz, queria por um trecho aqui, queria que tocasse de uma forma diferente no meu coração, que não me fisesse lembrar saudade, estou cansada de ter saudade das pessoas, e estou desesperada por ter saudade de mim. Agora eu olho, e tem uma janelinha laranja aqui, mais não é ninguém.. nunca é. Mais eu gosto que não seja, eu ando meia que cansada das pessoas e o seu não intender, elas são tão superficiais, enxergam apenas o que se mostra, mais não quero falar de pessoas, quero pensar na visão perfeita do dia que eu estou tendo daqui, sentada em frente ao meu computador, escrevendo o que eu vejo, e o que eu vejo agora é o sol lutando para aparecer perante as nuvens, tão fortes, brigando para que ele se controle e não queira ser sempre o centro das atenções, mais o sol é feito pra isso, pra iluminar o chão de pedras e mostrar os flocos de poeira no ar, pra eu olhar para o chão e ter uma sensação boa, que vez ou outra eu me pego lembrando quando vejo um dia sem emoção, um dia sem sentimentos.. eu me lembro de tantos dias de sentimento.. e me lembro também que esses sentimentos não voltam mais, não há mais aquela certa inocencia que se tinha quando se brincava de bola, quando se pulava o muro das casas para brincar, até que meu cordão cheio de pingentes arrebentou e todo mundo que estava brincando parou, desesperados, para achar a joaninha que eu não achava..
Agora o vento empurra a minha cortina verde e eu estou ouvindo um samba que tem numa musica de rock, é legal como as coisas terminam.. você nunca imagina como irão terminar, comoo essa música, eu não sabia que teria esse final.
Começou a tocar Doves, e Doves me lembra um dia na minha outra casa, todo mundo na cozinha e eu estava deitada na sala, doia muito meu coração ouvir essa música, não me lembro agoraporque, mais me lembro que doia.. doia as vezes apenas porque a música é linda, não é necessario que todas as coisas te façam lembrar alguém.. será que alguém lembra de mim com alguma coisa? Talvez seja que nem no livro que eu acabei de ler, ninguém a percebia.. tudo mudaria. e não mudou, mais pelo menos no final esperança ela teve. esperança.. tinha um bichinho desses ontem no meu quarto, mais a minha irmã com medo matou ele, fez certo, eu tbm estava com medo de dormir com uma esperança na parede, vai saber se ela resolve dar um voo razante na gente a noite.
Hoje é feriado, e eu não sabia.. não me vem mais nada para escrever na minha cabeça. então eu vou parar por aqui e voltar pra minha vida superficial.
Coisas que eu sublinhei do livro " A hora da estrela"
'Existe pessoas a quem falta o essencial'
' Quando rezava conseguia um oco de alma - e esse oco é tudo que posso eu jamais ter.Mais do que isso, nada. Mas o vazio tem o valor e a semelhança do pleno.'
'Um meio de obter é não procurar, um medio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é resposta a meu - a meu mistério.'
'Limito-me a humildemente - mas sem fazer estardlhaço de minha humildade que já não seria humilde - limito-me a contar as fracas aventuras de uma moça numa cidade toda feita contra ela'
'Quem já não se perguntou, sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?'
'Fatos são pedras duras e agira está me interessando mais do que pensar, de fatos não há como fugir.'
' As coisas estavam de algum modo tão boas que podiam se tornar muito ruins porque o que amadurece plenamente pode apodrecer'
Será mesmo que a ação ultrapassa a palavra?
Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu tbm sou o escuro da noite. Embora não aguente bem ouvir um assovio no escuro, e passos. Escuridão? lembro-me de um ex namorado: era menino-homem e que escuridão dentro de seu corpo. Nunca o esqueci : jamais se esquece a pessoa com quem dormiu. O acontecimento fica tatuado em marca de fogo na carne viva e todos os que percebem o estigma fogem com horror.
E quero aceitar minha liberdade sem pensar o que muitos acham : que existir é coisa de doido, caso de loucura. Poque parece. Existir não é lógico.
Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que tivesse sido e não fui.
Só vagamente tomava conhecimento da especie de ausencia que tinha de si em si mesma. Se fosse criatura que se exprimisse diria: o mundo é fora de mim, eu sou fora de mim. Olhou-se e levemente pensou : tão jovem e já com ferrugens..Ela era de leve como uma idiota, só que não o era. As pancadas ela esquecia pois esperando-se um pouco a dor temina por passar. O vago era o seu mundo terrestre, o vago era o de dentro da natureza.
E achava bom ficar triste, Não desesperada, pois isso nunca ficara já que era tão modesta e simples mais aquela coisa indifinivel como se ela fosse romantica.
Pelo menos o futuro tinha a vantagem de não ser o presente, sempre há um melhor para o ruim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário