terça-feira, 17 de novembro de 2009

de nós.


acordar acordada depois de levantar
esperando a brisa quente passar pelo meu quarto
no feixe de luz que bate pela janela fechada
vejo a poeira se espalhando sobre as minhas pernas
paralelo ofuscante de desespero
minha alma em acalento constante
atravessa a beirada matinal da insanidade
nos caminhos de paz no sol
imagino eu a madrugada que passei
e tento me lembrar dos lugares onde estive
mais eu já não vejo grandes coisas pra mim no amor
o futuro me aguarda como em um rio sem fundo
transborda minhas expectativas no final
me fazendo aplaudir de pé o tal desfecho
que deixou pra mim o medo de tentar
ao contrario do frio cortante que me assombra
eu me encontro no meio do sol ardente
e a multidão não sabe o que me alegra
imaginando o seu sorriso em minha mente
belo par de olhos em um rosto perfeito
é triste mesmo não poder te tocar
formando algo real em platônico
atônico, solto, leve a tentar
e para o privilegio dos poucos que ainda rezam
eu senti a pura energia do pequeno gotejar
águas cinzentas em dias de Março
melhor amiga para se conversar
e se no caminho algo me deixar distante
corte minhas correntes invisíveis
me leva a beira de um penhasco
e me diga para pular
só assim eu viverei mais um dia..

Nenhum comentário:

Postar um comentário