domingo, 8 de novembro de 2009

will you still love me?

movendo montanhas em curvas, o ultimo abraço do verão, semblante amargo de cara dura, somos o nós de algo ainda sólido que de tanto gelo endureceu, perecendo como irmãos sombrios, a dor não é amor, a dor é sofrimento.
pequenas pétalas de flores, florescendo o amargo desespero, continuando de onde parou, simplesmente pela pressão de seguir, dois guardas em frente a minha casa, me protegendo de mim mesma, trancada nessa sala de pelúcia, entorpecendo minha raiva amena, não há quem lá fora que traga o de volta, e não há quem me proteja realmente, projetando a imagem de bom homem, aquele no qual te deixa para baixo, trancada em seu quarto, fumando uns cigarros a mais, a solidão sufocando sua triste agonia por não saber pra onde ir.
e eu quero ele, e só ele poderia curar essa minha dor, da mesma forma que eu curaria a dele, deitados em uma cama desarrumada, cantando entre os gritos, chorando de tanto amar, a ele.
seja bom agora e tropece na escada, seja mal sempre porque é digno, é um mundo tão cruel e desenfreado, se somos a gloria na escuridão, eu a visto uma luz la no fim, fim das botas molhadas de chuva, minha calça cola mais em minha perna, meus cabelos cheiram a grama, eu estava feliz ali.
e ontem a noite eu tive um sonho, estávamos mais perto do desespero, e apenas com aquele abraço apertado é que vimos como estávamos pra baixo. e se você me beijar mais uma vez, talvez eu peça que você me beije de novo, uma paz descomunal fora de mim, atirando guarda chuvas pela janela, me atirando em seus braços quentes, essa noite você é meu companheiro, você me deu o amor mais doce que eu já tive, e só de pensar, é uma mentira, e eu só gostaria de saber se você me amará amanhã..

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