quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

the recluse

olhe para mim, olhe para nós.. sentados a beira de um lago, frio. tenho sentido você perto de mim, tenho trasparecido insegurança eu sei, tenho sido um pouco rude também.
eu não quero encher seu cabeça com meus problemas, e não quero que você me dê as costas, está tudo tão bem assim.. cada um no seu lugar. e não minto que percebi, o quanto meu coração suporta tanta pressão em cima dele.. desde que eu te vi, te vi de uma maneira diferente, eu tenho me desamarrado pouco a pouco daquilo que cisma em me puxar para baixo. eu não quero ser assim, porque que eu sei, que se eu insistir em me lamentar a cada segundo que passa, eu não seria boa o bastante para seguir, seguir e conseguir aquilo que me faz perder as horas apenas pelo simples fato de ver.
debaixo da minha janela, eu plantei as flores que ele me deu, e todo dia, chove, apenas para que as plantas não morram, e todo dia, tem sol, para que as flores fiquem fortes, e todo dia, eu abro a minha janela e as vejo, e assim, eu consigo enfrentar mais um dia.
quando eu abro a minha porta, eu vejo o mar, e todo dia, ele manda uma onda para molhar meus pés, e todo dia, eu sento na beirada dele, e todo dia ele me ajuda a refletir.
quando eu penso em pensar em alguma coisa para parar de sofrer, eu penso nas flores, e no mar. toda vez que eu tento esquecer, eu me lembro mais, me lembro mais de você.
se eu fosse um terço do que ela é para você, eu estaria um terço mais perto do seu coração.
não me desmereço, e nem me aborreço, nem digo que estou desiludida.
mais é que eu tenho notado um pouco de otimismo entrando porta adentro, desde que você se foi, simples cantos dos pássaros me deixam angustiada, pequenos galhos tem caído na grama, e meus gatos tem brincado la fora;
meus dilemas estão respondidos e esquecidos, a primavera não me deixa mesmo que o verão chegue. temos um pacto de perdão, que não esquecido pode ser, gratos pelo amanhã que chega assim que dá meia noite, desimpedidos de problemas que não os incomodam mais.. sempre que eu quero ir, eu vou. sempre que eu quero ouvir, eu esqueço.

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