e la estava ela, agaixada em frente a pequena mesa de madeira, arrumando os bibelos que brilhavam a noite, tirando o pó dos portas retratos e arrumando tudo no lugar. os pés sujos da poeira do chão, um vestido desamarrado na cintura, o cabelo preso num coque apresado com uma presilhinha que não era para prender muitas quantidades de cabelo.
sem brincos e com o rosto um pouco mal cuidado, as sobrancelhas por fazer, as unhas pintadas de um roxo vivo. de um lado do chão um cinzeiro com um cigarro recem acesso, e do outro uma garrafa de agua tônica. respirou fundo por uns minutos e coçou o nariz, alergia a poeira..
se levantou meio cambaleando e lembrou das palavras dita a queima roupa na tarde do dia passado - não fique assim, algo muito bom vai acontecer com você, docinho..
bem, as janelas estavam fechadas com as cortinas por cima, a porta estava aberta para o pequeno jardim, ela tinha passado pano no chão e arrumado a cama, lavado umas mudas de roupa, e por fim, tudo estava no lugar.
encontre a si debaixo do seu coração, e lembre, o amor verdadeiro demora para chegar, não vai ser na hora esperada, e não vai te avisar com antecedencia, ele vem sorrateiro e todos, não há quem não o mereça, há apenas quem o receba antes.
as lágrimas caíram pelo seu rosto, ela limpou com a palma da mão, os dedos contornaram os olhos para limpar cada gota de lágrima que estivera ali.. é culpa do destino, ou a culpa é minha mesmo.
lembre-se de quando o sorriso era constante, isso é sempre eu sei.. não há como não se sorrir durante o dia, há uma hora, que você ira o fazer.. e chorar também, desde que você esteja pronta para por pra fora seus medos, você está pronto para viver e talvez.. chorar.
vou embora antes que eu escreva o meu nome e ponha o texto como meu. desde que eu me conheci gente eu venho tenho medo. medo de tudo. e medo de mim.
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ResponderExcluirSó para te deixar sabendo que eu continuo a ler todos os seus textos, e espero que você continue a escrevê-los, pois de certo modo é como se eu sentisse essas palavras saindo de meus lábios, de tão comuns que às vezes são nossos sentimentos. Obrigada por continuar, e um ótimo novo ano.
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