quarta-feira, 9 de junho de 2010

noah.

desenhando algumas notas de música em um velho caderno, acabei achando um bilhete que a tanto estava evitando ler, era a monalisa em palavras, simplesmente seria imperdoavel que eu lesse isso mais uma vez.
para ser sincero comigo, levantei e fui até a cozinha, joguei o papel pela janela do segundo andar, recuei uns passos atras e cai no sofa; o que veio a minha cabeça? não iria nunca mais falar
oh, a piedade demora a chegar pelo caminho fácil e não é assim que funciona, todas as lembranças de nós sozinhos eu queria que fossem embora com o vento, como seria fácil chorar tudo de uma vez..
primeiro eu volto a música, depois eu penso em tudo e por fim vou para o quarto, para o banho, com a água quente nas minhas costas, finalmente animado para lavar meus cabelos, relativamente cabisbaixo pela falta de exito, mais nao será mais necessário arrumar o quarto, e apenas um travesseiro na cama é tudo o que eu preciso..
se eu sair na rua, eu posso correr e não me importar, se estiver nublado eu posso me identificar com a escuridão do ar, se eu tiver de esbarrar, talvez seja melhor eu me jogar em um lago gelado para sentir se o frio faz minha alma voltar.
ó, mais uma vez apenas, não vou compreender o que eu não preciso dizer, e a falta de loucura faz minha vida a luz mais bela de uma manhã normal.

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