será que você realmente existiu?
ou foi você uma criação da minha cabeça que queria ter algo assim?
será possível cada passo seu, cada passo que você dava ser exatamente aquilo que planegei?
será possível que cada sorriso e como os seus dentes são serem iguais aquilo que sonhei?
é.. só pode ser.
não há mais sonho. passou
não tenho mais seus lábios macios nos meus, dando bitoquinhas apaixonadas enquanto suas mãos apertavam meus ombros. a rede está vazia e pendurada quando ela sempre vivia esticada no chão com almofadas vermelhas e mãos bobas.
não tenho mais vaidade, se foi. junto com os planos e desejos. com nossa casa construída em um lugar que eu não gostaria e nem imaginaria morar. mais moraria, com você meu sonho, se fosse esse o modo de realizar. se fosse o esse o modo de fazer você chegar só mais uma vez aqui, e eu poder aproveitar um pouco mais, bem mais, essa ultima vez que estivessemos juntos.
pode ter sido sonho, mais eu me lembro, que acompanhei cada passo seu indo embora, e gritei diversas vezes que te amava. você se lembra disso? mais eu fiz, fiz sim.
e pode chover o impossível, fazer o maior calor. nada e lagoa ou lençóis, nada de filmes ou cavalinhos até o mercado. estou me recuperando ainda de um grande baque.
você escapou por entre meus dedos, roupas, cabelos e se foi. não quero lembrar da ultima vez, do jeito que aconteceu, prefiro simplesmente ter em minha mente eu no portão, e você se afastando. poderia ter te beijado mais uma vez. ter corrido e te abraçado mais uma vez. corrido e abraçado mais uma vez, mais demoradamente. eu poderia ter te prendido aqui, poderia ter te abraçado mais apertado, te beijado mais e mais. eu poderia e gostaria de não ter te deixado ir. mais deixei, e pronunciei as palavras que te fizeram desabar, e fizeram acabar, com tudo aquilo que construimos um dia.
é verdade que você não sente minha falta? ninguém me disse, apenas meu coração, que sente.
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