um cadáver que anda, que fala, que respira, que trabalha e até sorri..
um cadáver daqueles bem mortos.. sou eu.
ninguém sabe como é ser eu..
como eu não sei como é ser outra pessoa..
só sei ser um.. cadáver.
daqueles que chora, que ajuda, que pensa..
não igual ao outros..
eu como até..
sou um cadáver que não tem nada de bom.. mais tenta.
tenta ser legal, tenta ser amado.. tenta seguir em frente.
mais não dá.
meu lado morto tomou conta de mim, e tudo que ainda faço é porque me esforço muito para fazer..
cadáveres não deveriam nem sair do seu buraco..
mais eu saiu.
e me perdi dele, porque se me lembrasse onde está o meu já estaria de volta lá..
não contaria para ninguém onde é.. não tenho mesmo para quem contar.
não faria muita diferença se eu voltasse para lá.. um cadáver não tem amigos.. um cadáver não faz muitas coisas.. apenas as suas obrigações.
sou um cadáver porque em um belo dia roubaram de mim minha vida.. me jogaram no chão.
me achem franca, mais não sou
tentei lutar
mais não quero mais..
quero apenas desaparecer para a minha escuridão
e andar feito um zumbi.. e sumir daqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário