
trago comigo atritos umedecidos de calor, te fiz amigo por horas a mais, tão pouco tempo longe, ainda assim faz de ti esplendor de manhã. rosas frescas no meu jardim de inverno, momento constante em desespero. corto os pedaços de metal, eu sou apenas um mortal em busca do tal lugar que todo mundo deseja chegar. se existe, apareça, me faz a primeira a chegar, conhecer ou ficar, pronta para a decisão final, a tal em que vamos nos enobrecer, fazer de nós, tristes e comuns, donos de uma chance de clamor, o tão esperado sonho para se ter, e ao adormecer, aos seus pés estarão elas, ela e as nuvens de inverno, me fazes bela e insegura, pequena e fluindo abaixo de nossas expectativas, reles mortais vencedores de uma confusão, onde tiros e ponta pés não eram nada, onde as palavras cortavam o cimento de nossas construções, onde nada e parcialmente tudo se encontravam ferozmente, traçando o caminho de mentiras fartas, onde o sincero se espalha porque a vergonha o induz. poder além de tudo te faz meu, e madrugadas frias não são mais um tormento, eu me classifico em graus de emoção, transparecendo aqui que não é. estar com você em cima daquela cama fria, ouvir você dentro de uma casa sozinha, transbordar você até que me faltem palavras, tem você sem demasiada angustia. somos vencedores de alguém, por quem lutaram por nós, por aqueles que fizemos a chegar aqui. chegamos. vencemos. somos.
pense antes de entregar as minhas chaves, eu arrumei suas roupas no porão, me faz pior pensar que era o que é, e nós, donos disso tudo, abandonamos nosso suposto caminho vitorioso. nós estamos finalmente a sós.
Tão sexy
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