terça-feira, 20 de abril de 2010

me diz você..

um pedacinho de neve bateu na minha janela, foi como se o céu tivesse vindo a terra apenas para me comprimentar, para os belos anos que se passavam, vem a chuva me chamar.. bela esperança que nasce a cada dia que acordo, ela me renova, renova a si própria, e se eu fingir não a ver me arrependo logo em seguida.. porque eu sei que sem ela nada é possível.
meus versos de inverno vieram congelados.. e foi necessário esperar chegar o verão para que esses viessem a ser bem vindos, seja lá onde for, a primeira estrada ou a luz no fim do túnel, são sim grandes nossas esperas, grandes demoras e inesqueciveis sofrimentos, talvez incontáveis, mas talvez sem eles a madrugada me veria acordar quando eu deveria estar descansando..
quando eu disse que eu levaria umas boas horas até que minha historia fosse contada, eu estava mentindo, não se diz passagens de um tempo distante em total harmonia com o que realmente aconteceu, seria impossível contar.
um pouco de paz para uma boa alma, para boas almas, para boas pessoas, para grandes pessoas.. é o que eu posso pedir ou é que deveria acontecer? já não me lembro mais quando vi algo ser justo, mais são tantas as coisas que eu não lembro que as vezes me pergunto se realmente vir algo acontecer.
nada de tristeza, nem tampouco sofrimento, faz tudo parte de um todo para um bem maior.. e se por acaso eu me encontrar sem perspectivas, eu deva ir até a beira de um penhasco e me jogar, mas não, eu sei que não faria isso.. o tempo todo nos vemos a prova e nem por isso desistimos de arranjar soluções.. brindemos então a falta de sorte de termos vindo parar aqui, brindemos a o bom irmão ao nosso lado, ou o que não nos pode ser tirado.. vem de ti querer saber o que é.. vem de mim tentar aceitar que seja isso.. e de uma forma qualquer estaremos ambos errados.. estaremos magoados por coisas não ditas, ou poderemos estar como se nada valesse a pena, talvez seja melhor, já não sei mais.

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