e ele vem, por incrível que pareça, tirar a solidão. e eu vou por mais louco que seja, escrever no escuro, como estou. e as coisas, vão se mexer sozinhas a medida que eu vou ficando tonta. é tudo normal, geralmente, acontece assim.
me leve para debaixo do lago, me afogue, quero recuperar minhas forças, quero esquecer as coisas que me machucaram, quero esquecer quase tudo, quero esquecer tudo, vou esquecer.
minha infância, tantas infâncias.. minha juventude e parou.
falo sozinha quando estou dormindo, falo dormindo, falo sozinha. não passa, nunca para e não muda. normal.
lavo meus cabelos, agua quente, sempre agua quente, sempre na agua quente. penteio, espero secar. vou pra rua. sempre andando do lado esquerdo, do lado esquerdo do lado direito, onde o sol não queima meu corpo.
pego minhas roupas sujas, jogo no chão da varanda. pego um balde de agua, agua fria, e jogo em cima. pego o sabão. jogo também. deixo lá
não lembro se me esqueci delas la, se ainda estão la ou se já vieram pra cá. tanto faz. desde que deixe em cima da minha cama meus travesseiros e almofadas e eu consiga chegar no horário certo para assistir minhas novelas. no vê las. nove. já são nove da manhã e eu não consigo dormir.
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