voltando para o começo, um presente tranquilo onde se é comum achar pedaços de cartas pelo chão, colares e brincos repousam em cima de uma pequena penteadeira com retratos e lápis de cor misturados dentro de seus respectivos porta trecos.
não há pecado, não, não há, a agua ainda esta salobra e poços estão no jardim, para pequenos golpes de um balde em seu interior, uma agua cristalina.
tenho vontade de ficar, curtir umas tardes sentada a beira do mar, mais algo pede para meu coração ir, buscar talvez em algum lugar, e só as flores sabem me dizer, porque fiquei, por que insisto em ficar.. se é la do lado de fora, do outro lado do rio, em cima de algum morro, descendo ladeiras, virando ruas, subindo escadas que recuperarei meu ar, estado de inercia capta minhas lágrimas, meu roupão encharcado, meus sapatos com lama, minhas unhas tem areia, meu cabelo está embolado.. como chegar onde devo estar? é preciso uma demasiada paciência para quem sabe, dizer sei lá o que para impressionar meu bom par, que pra longe de mim foi apenas para tentar melhorar o que não dá para mudar.. e é tudo bem bonito aqui do meu lado, o vento bate frio, o sol queima quente, o ar esta normal.. só em dar uns passos em volta de mim mesma vejo minha alma passear pra naufragar, em algum canto qualquer, em algum sorriso de alguém, em um coração talvez, para talvez voltar, embora não voltar seja.. seja lá quem deseja, minhas pernas não podem parar..
pare sim, pare aqui para tomar um café e relembrar o tempo em que éramos sorrisos.
ResponderExcluir